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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Marcas do que se foi...


Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.  Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesma.  Eu me tornei minha própria amiga.  Eu não me censuro por comer um biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio.  Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
 
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia?  Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo,  desejo de chorar por um amor perdido...  Eu vou.  Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set. Eles também irão envelhecer.
 
Eu sei que, às vezes, eu sou esquecida.  Mas há coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
 
Claro, ao longo dos anos meu coração foi partido.  Como seu coração poderia não partir quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando se perde um animal de estimação amado?  Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado, estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

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